Larissa Quintino
Veja
Entre 2015 e 2022, o crescimento da economia brasileira não acompanhou a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) global. Em 2023, no entanto, o cenário é diferente. De acordo com um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) a taxa de crescimento do PIB brasileiro deve ficar em 3,3% neste ano, acima dos 2,9% do ano passado.
Já o avanço da economia global é projetado em 2,4%, mostrando desaceleração em relação aos 3% registrados em 2022.
MUITO OTIMISMO – A projeção da ONU é maior que a do mercado financeiro brasileiro, que projeta avanço de 2,92% do PIB neste ano. A estimativa do Ministério Ministério da Fazenda está mais em linha com o estudo das Nações Unidas, mas ainda ligeiramente menor, em 3,2%.
De acordo com o relatório da Conferência da ONU para Comércio e Desenvolvimento (Unctad) divulgado na quarta-feira, 5, entre os países do G20, grupo das 20 maiores economias do mundo, apenas Brasil, China, Japão, México e Rússia devem apresentar aceleração no crescimento econômico na comparação com 2022.
No relatório, a ONU elenca o agronegócio brasileiro como um dos motores do avanço do PIB. “O crescimento das exportações de commodities e as colheitas abundantes impulsionam o aumento do crescimento”, diz.
FORÇAS CONTRÁRIAS – O documento cita, no entanto, forças no sentido contrário, como o impacto tardio do aperto monetário do Banco Central, que começou a subir os juros em 2021 para segurar a inflação — e começou a baixá-los em agosto deste ano, e o endividamento das famílias.
“A expansão fiscal em 2023 deverá compensar estas forças recessivas, mas o impulso fiscal para 2024, embora ainda sujeito a negociações políticas, deverá tornar-se negativo”, alerta a ONU. Para 2024, a expectativa é de crescimento menor, de 2,4%.
A ONU afirma que a economia global está a voar a uma “velocidade de estol”, isto é, de um avião que está prestes a cair. O relatório vê a situação atual como estagnação perigosa, com vários episódios de recessão. Na avaliação da agência, a “economia global está em uma encruzilhada, na qual caminhos de crescimento divergentes, desigualdades cada vez maiores, concentração crescente do mercado e cargas crescentes de dívidas lançam sombras sobre seu futuro.
2024 SEM CRESCIMENTO – Segundo a ONU, é necessário que os agentes políticos e econômicos concentrem-se em “reformas institucionais da arquitetura financeira global, políticas mais pragmáticas para combater a inflação, a desigualdade e a dívida soberana, bem como uma supervisão mais forte dos principais mercados”.
Para 2024, espera-se uma ligeira melhora no avanço do PIB, de 2,4% para 2,5%. “Numa nota mais positiva, a inflação, embora ainda acima dos anos pré-pandemia, está a ser controlada em muitas partes do mundo.
As crises bancárias que eclodiram em março de 2023 não conduziram ao contágio financeiro, e os preços das matérias-primas desceram dos seus picos em 2022. Espera-se uma pequena melhoria no crescimento global em 2024, dependendo da recuperação na área do euro e de outras economias importantes, evitando choques adversos”.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Importante a análise da ONU. Mostra que o Brasil deverá crescer este ano, apesar do desempenho do governo, que está aumentando os gastos sem que as receitas se elevem. Isso significa aumento da dívida público e problemas futuros. Se tivessem adotado o lema de Tancredo Neves em 1985 (“É proibido gastar”), o Brasil estaria hoje em outro patamar de crescimento. Mas sucessivos governos só se dedicaram a gastar. (C.N.)
Desculpe, mas o Governo gastou/gasta com o que?
Teto de gastos para setores-chances do país, interrupção de obras públicas necessárias…
Será que com essa atordoante inexplicada dívida pública (metade do PIB nacional), ou será que com a corrupção op. ex., orçamento secreto)?
Por favor, me expliquem…
Sempre falam dos gastos excessivos do governo. Mas cortar gastos aonde? E qual economia esses cortes vão proporionar?
O verdadeiro economista também deve se preocupar com a redução da desigualdade e com a melhoria de vida da população.
Prefiro aguardar o resultado para depois ver se a previsão do relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) estava certa.
Sinto, suponho, desconfio que a ONU está enchendo a bola do Loola.
Vejam só: Era mais fácil dizer que estava no caminho certo, mas não, deu um nó na língua e tascou:
“Acredite se quiser! ONU diz que Brasil está na direção oposta à desaceleração global.”
Loola com um caro na ONU podemos afirmar o que minha tataravó tinha vontade de dizer: “Um burro carregado de açúcar até o peido dele é doce.”
Quác! Loola está acelerando!
O verdadeiro economista dev’se preocupar com que quase 50% do orçamento é para pagamentos juros da dívida. Ou seja dinheiro sai da boca do povo para os bolsos dos frentistas milionários.
Saiba mais.
https://auditoriacidada.org.br/
Será que dessa vez a bomba vai estourar no colo do próprio Lula. Da outra vez fui no da Dilma.
O populismo econômico lulista e mais que conhecido. No jargão popular é o “empurrar com a barriga”. Talvez ele mesmo queira se dar o presente de Presidente do Banco dos BRICS.
Claro que a ONU está errada ! O Brasil era o beneficiado de uma herança maldita, segundo os idiotas e ovelhinhas repetidoras da agência atual.
Recriam-se ministérios extintos, anulam-se decretos pretéritos … Quando vão desativar a transposição do São Francisco ?
Para onde estamos sendo “desencaminhados” pelos “neuronios” da ONU, segundo:
“As Raízes Revolucionárias da ONU!”
https://www.espada.eti.br/onu.asp