Aquecimento, ocupação recorde na indústria e inflação acendem o sinal de alerta no País

Tribuna da internet: "O esquema internacional das dívidas públicas transforma os países em reféns", por M.L.Fattorelli - Auditoria Cidadã da DívidaAlvaro Gribel
Estadão

Inflação acelera e surpreende quem achava que deflação de agosto era o fim do problem, e o IPCA sobe 0,44% em setembro, praticamente dentro do esperado pelo mercado, e volta a se aproximar do teto da meta, de 4,5%. Quando o IBGE divulgou a deflação de 0,02% de agosto, muita gente desavisada interpretou o número como um sinal de que não havia mais problema de alta nos preços no Brasil. Governistas, petistas e economistas heterodoxos aproveitaram a deixa para criticar o Banco Central, que estaria mantendo os juros altos apenas para agradar aos rentistas e ao mercado financeiro.

Nesta quarta-feira, 9, saiu o IPCA de setembro, e a inflação voltou a acelerar, com uma alta de 0,44%. Como a taxa deste mês foi maior do que a de setembro do ano passado, o índice acumulado em 12 meses subiu de 4,24% para 4,42%, aproximando-se do limite máximo permitido pelo regime de metas, de 4,5%. Com a seca que ainda assola várias regiões do País, é grande a chance de o IPCA fechar o ano acima de 4,5%.

MESMA OPINIÃO – Para o presidente do BC, Roberto Campos Neto, e seu próximo sucessor, Gabriel Galípolo, o estouro traria sentimentos duplos: por um lado, ficaria a frustração por terem falhado, mas, por outro, haveria o alívio por terem subido a Selic a despeito das críticas.

Na sabatina no Senado, Galípolo deu todos os sinais de que manterá a política monetária no caminho correto. Segundo ele, os juros vão permanecer contracionistas o tempo que for necessário até que a inflação volte à meta, de 3%.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, acertou quando disse que o aumento dos preços é provocado pela seca, que bate nos alimentos e na energia elétrica. E é verdade também que os juros não têm efeito sobre esses preços. A questão é que a economia brasileira é fortemente indexada, e essa indexação ficou maior neste mesmo governo, que recriou a política de valorização do salário mínimo atrelada à inflação passada e ao crescimento do PIB.

META OBSTADA – Quando há um choque temporário, a alta dos preços se espalha, dificultando o trabalho do Banco Central de levar a inflação para a meta. É sobre esses “efeitos secundários” da inflação que a política de juros atua, olhando sempre para frente.

De janeiro a agosto deste ano, último dado divulgado pelo Banco Central, a concessão de crédito livre, com juros definidos pelos bancos privados, subiu 15,9% em relação ao mesmo período do ano passado, quase o dobro do ritmo do crédito direcionado, com taxas subsidiadas pelo governo, via bancos públicos, que saltou 7,8%.

Como já mostrou o Estadão, a concessão de crédito não é o problema da economia. O nosso risco vem da política fiscal, que ainda não passa segurança de que conseguirá estabilizar a nossa dívida pública.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Alvaro Gribel foi ao ponto central e que regula tudo – a dívida pública. Não se pode brincar com ela, é preciso mantê-la absolutamente sob controle, para o Brasil não virar uma imensa Argentina. Mas Lula vive em ritmo de festa e não está nem aí. O futuro presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, vai ter muito trabalho. (C.N.)

9 thoughts on “Aquecimento, ocupação recorde na indústria e inflação acendem o sinal de alerta no País

  1. Respeitem o Teto Constitucional, a começar pelos membros do Judiciário, que recebem milhões todos os meses.

    Cada viagem internacional com centenas de comensais e nenhum resultado prático mostra que a ineficiência está no topo e é refletida na base.

    O problema não são os servidores

    São os membros super-empoderados.

  2. Para Biden da Silva a inflação é “coisa do mercado”, e a opinião do mercado para ele não conta, daí o descalabro nos gastos públicos como se o Lula 3 estivesse no seus últimos suspiros, se é que não estão .

  3. Sr. Newton

    A cadelinha do Palácio Tajanja do Mal, soltou a primeira pesquisa do 2o. Turno da Capital SP…

    Com certeza os jornazistas do jornaleco, aqueles que adoram balançar os testículos do Ladrão estão desesperados….

    Vamos aguardar os artigos lambe-bota dos jornazistas….

    “…Datafolha SP: Nunes marca 55%, e Boulos, 33% na largada do 2º turno
    Prefeito herda 84% dos votos de Marçal; deputado fica com 50% dos apoios a Tabata

    58% dizem não votar de jeito nenhum em Boulos, e 37%, em Nunes

    aquele abraço

    Até o próximo artigo, se o Casal Marginal não acabar com o Brasil antes….

  4. O Jornazista do Esquerdão precisa fazer uma visita aos mercados e feiras ….

    Vai ficar assustado com os preços, principalmente das frutas…..

    Um kilo Abacate chegou na marca de R$ 17,90.

  5. A economia é atrelada ao dólar. Desde o Plano Real.

    Mas sempre a mesma ladainha, o mesmo recado do seu “mercado:” “A questão é que a economia brasileira é fortemente indexada, e essa indexação ficou maior neste mesmo governo, que recriou a política de valorização do salário mínimo atrelada à inflação passada e ao crescimento do PIB.”

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