Paulo Peres
Poemas & Canções
O advogado, escritor, ensaísta, dramaturgo e poeta paulista José Oswald de Souza Andrade (1890-1954) foi um dos principais articuladores do movimento modernista literário e da célebre Semana de Arte Moderna, marco divisório na história das artes brasileiras, realizada em São Paulo, em 1922.
A rebeldia de Oswald o levava a querer muito mais do que simplesmente revolucionar forma e conteúdo da criação artística. O que ele queria mesmo era uma revolução que transformasse a vida social dos brasileiros, suas instituições e costumes.
ALERTA
Oswald de Andrade
Lá vem o lança-chamas
Pega a garrafa de gasolina
Atira
Eles querem matar todo amor
Corromper o polo
Estancar a sede que eu tenho doutro ser
Vem do flanco, de lado
Por cima, por trás
Atira
Atira
Resiste
Defende
De pé
De pé
De pé
O futuro será de toda a humanidade.
O PÁSSARO MECÂNICO (MECHANICAL BIRD)
https://www.youtube.com/watch?v=F9hrRbt8xU4
(Copyright © Letra e Música de Luís Carlos Balreira)
lcbalreira@hotmail.com
PAREM DE DESTRUIR A FLORESTA!
Uirapuru da mata cósmica
Está chorando
É só devastação, é só devastação
É o último canto do pássaro mecânico
É só destruição é só destruição
Mata a Mata caraíba
Mata a Mata sem pudor
Mata a Mata terrorista
Mata não destruidor!
Mata a Mata consumista
Mata a Mata sem parar
Mata a Mata vigarista
O diabo vai te levar!
Brota na mata ferida de roxo véu
E a ecologia vai pro beleléu
Brota na mata ferida de roxo véu
E a ecologia vai pro beleléu
Abaçaí, Anavê, Anori
Arubé, Aturiá, Coaraci, Cupuaçu,
Angaturama, Babaquara, Pererê, Buriti
Xarapá, Taperebá, Çurucucu, Mapinquari
Os índios eram considerados animais sem lei, sem alma e sem beleza
Apesar de não serem anjos viviam em completa harmonia com a natureza
Tinham livre arbítrio, fartura e liberdade, sim senhores! Deuses, tradições, flautas e tambores.
Uirapuru da mata cósmica
Está chorando
É só devastação, é só devastação
É o último canto do pássaro mecânico
É só destruição é só destruição
Mata a Mata caraíba
Mata a Mata sem pudor
Mata a Mata terrorista
Mata não destruidor!
Mata a Mata consumista
Mata a Mata sem parar
Mata a Mata vigarista
O diabo vai te levar!
Brota na mata ferida de roxo véu
E a ecologia vai pro beleléu
Brota na mata ferida de roxo véu
E a ecologia vai pro beleléu
Abaçaí, Anavê, Anori
Arubé, Aturiá, Coaraci, Cupuaçu,
Angaturama, Babaquara, Pererê, Buriti
Xarapá, Taperebá, Çurucucu, Mapinquari
Eis que do velho mundo infernal chegaram os ET’s
Com suas maldições, trazendo cruzes, espadas, pestes, fogueiras e canhões
Depois foram criados os animais mecânicos, exoesqueléticos, eletrônicos e cibernéticos.