Lula se considera o maior estadista do mundo. E agora?
Ricardo Rangel
Veja
Em um par de horas, Lula… defendeu um assassino serial, Vladimir Putin; insultou a memória e a família da vítima; comparou os judeus a Hitler; solidarizou-se com um grupo terrorista, o Hamas, autor do maior pogrom do pós-guerra; deu um tapa na cara de milhões de judeus, incluindo os 120 mil judeus brasileiros; provocou gravíssimo incidente diplomático com um país importante, Israel, sendo declarado persona non grata no país;
Ao mesmo tempo, passou o vexame de levar lição de moral de um homem completamente amoral, Benjamin Netanyahu; passou pelo constrangimento de receber uma nota de agradecimentos dos terroristas; mostrou ao mundo, mais uma vez, que não é um líder nacional sério; atraiu a fúria de enorme quantidade de eleitores; entregou de bandeja argumentos e votos ao bolsonarismo; de quebra, desmereceu quem tem pressa em saber quem mandou matar Marielle Franco.
UM PRODÍGIO – Reconheça-se, é um prodígio. Nunca antes na história deste país um político errou tanto, com tantos e em tão pouco tempo.
Netanyahu é desumano e denunciar o absurdo massacre que ele está promovendo em Gaza é obrigação de qualquer pessoa bem-intencionada. Comparar judeus ao monstro que matou seis milhões de judeus é um ato antissemita inequívoco, covarde e imperdoável. Uma vergonha que mancha a imagem do Brasil de forma indelével.
Duas coisas são impressionantes na declaração de Lula. A primeira é a declaração em si. O antissemitismo de Lula (e da esquerda brasileira em geral) não é novidade, mas ninguém imaginava que pudesse chegar tão longe. A segunda é que um político experimentado e (que parecia) inteligente como Lula acredite que possa dizer uma atrocidade como essa impunemente.
ARROGÂNCIA TOTAL – Talvez, por ter ficado na cadeia quase dois anos, ache que já pagou por todos os pecados, passados e futuros. Talvez, por ter passado por tanta coisa e continuar tendo a importância que tem, acredite sua intuição está sempre certa, que qualquer coisa que diga ou faça está certa por definição. Talvez, por ter sido eleito três vezes, se considere acima do bem e do mal.
O fato é que Lula se comporta com enorme arrogância, como se nada de mau pudesse lhe acontecer. O nome técnico é “húbris”. Na tragédia grega, o herói, no auge do poder e do sucesso, perde a noção de seu próprio tamanho, adquire uma confiança desmesurada e comete a húbris, a empáfia que desafia o destino. É aí que ele ouve a gargalhada dos deuses — e é destruído.
Na Roma Antiga, o general vitorioso desfilava, diante da multidão em delírio, até o Senado, onde recebia as devidas honrarias. Atrás dele ia um centurião, que repetia de vez em quando: “Lembra-te de que és mortal”.
FALTA UM AMIGO – Montaigne, no século XVI, ensinou que só se pode julgar se uma vida foi bem-sucedida no momento exato em que ela chega ao fim. Até lá, nunca se sabe.
Algum amigo de Lula — se é que ele ainda tem algum — deve dar ao presidente três conselhos: 1) Presidente, o senhor está enganado. Muita coisa ainda pode dar errado. E, do jeito que vai, vai dar; 2) Vale a pena se interessar pelos clássicos, presidente. Eles têm coisas a ensinar. Até a alguém infalível como o senhor; 3) Presidente, faça o possível para manter a boca fechada.
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P. S. – Após a publicação deste post, o assessor especial para assuntos internacionais de Lula, Celso Amorim, classificou como absurda a decisão de Israel de declarar Lula “persona non grata”. O governo Lula recusa-se a entender a gravidade dessa declaração. Se insistir nessa posição, Israel pode cortar relações diplomáticas conosco. É preciso recuar. Rápido. (R.R.)
Estimado amigo, esse pessoal (RR, Eliane, a indescritível Mônica et caterva) confunde e mistura inteligência com vigarice, esperteza (“Quando é muita come o dono”), malandragem e outras esquisitices psíquicas. Abraço.
É isso, amigo. Malandragem em excesso atrapalha.
Abs
CN
Também acho que Lulla perdeu uma grande oportunidade de ficar calado.
Mas quero aqui fazer um pequeno exercício de lógica. Se Israel que se gaba de possuir o melhor serviço de inteligência do mundo, como é que foi incompetente para não perceber a movimentação dos seus arqui inimigos bem ao lado na fronteira que deveria ser hiper controlada, a fronteira de Gaza?.
Ou então outra hipótese muito pior. A chefia do governo , liderada por Netanyahu, sabia sim dos preparativos dos terroristas e deixou os atentados acontecerem, inclusive com o sequestro de centenas de israelenses e a morte de centenas(mais de 1000) cidadãos de Israel. Teria sido os atentados algo esperado para justificar a consequente brutal retaliação que está ocorrendo? Se foi isso que aconteceu, infelizmente Israel já está pagando um preço bem caro. Já perdeu a guerra moral e midiática. Só resta buscar a erradicação do Hamas, de qualquer jeito a um custo absurdo.
Ainda há uma forma de diminuir os danos. É exigir demais do Egito que aceite receber os mais de 1 milhão de inocentes palestinos. Mas Israel com o apoio da comunidade internacional faria muito bem em receber estes inocentes, isso inclusive tornaria menos dificil o objetivo de exterminar os verdadeiros terroristas do Hamas.
Lulla,em vez de ficar falando bobagens deveria isso sim, estar disposto a oferecer saidas para tentar ao menos minimizar os danos que milhões de inocentes estão sofrendo seja do lado judeu, mas principalmente do lado dos palestinos de Gaza.
Só o governo israelense e parte da imprensa brasileira estão condenando a fala do Lula. O resto está meio que calado. Será que trinta mil mortos e setenta mil feridos não significam nada?
há um tipo de “serumano” que holocausto dos nativos da américa do norte, da américa central e da américa do sul – não conta, não comove. se não conta, se não comove – não existe.
há um tipo de “serumano” que holocausto dos nativos de áfrica – não conta, não comove. se não conta, se não comove – não existe.
há um tipo de “serumano” que holocausto dos nativos da ásia – não conta, não comove. se não conta, se não comove – não existe.
há um tipo de “serumano” que holocausto dos nativos da oceania – não conta, não comove. se não conta, se não comove – não existe.
para o tipo de “serumano” que holocausto dos nativos das américas, da áfrica, da ásia e da oceania – não conta, não comove -, e por isso mesmo – não existe
… como tal “serumano” poderia admitir o holocausto de sabra e chatila – ou do gueto de gaza?!
batista filho
Errata:
Na última estrofe a palavra “poderia” está repetida erroneamente.
há um tipo de “serumano” que holocausto dos nativos das “comunidades” brasileiras – não conta, não comove. se não conta, se não comove – não existe.
Como dito anteriormente, os “terroristas” usam métodos recorrentes, usam, covardemente, a própria população de seus “territórios” para sua “segurança”.
Claro que o método usado por Israel é terrivelmente equivocado, porém, comparar tal método com o usado por Hitler, é o cúmulo do absurdo.
O que perderíamos se Israel cortasse relações com a gente? Qual a importância de Israel para o Brasil? Israel é irrelevante em todos os sentidos para nós, exceto para pastores picaretas que faturam horrores vendendo pacotes de turismo pela terra santa.
Depois de tantas besteiras e mentiras no exterior , Lula decidiu falar uma verdade , que levaram os lideres Israelenses a terem faniquitos , portanto o governo Brasileiro não deve / deveria voltar atrás , e sim deve deixar os Israelenses falando sozinho , só que os falsos Brasileiros estão doendo pelas autoridades Israelenses ” sadomasoquistas ” , sugiro aos Brasileiro que defendem as autoridades Israelenses , que abdiquem de sua nacionalidade BR e se mudem para Israel e nem olhem para trás.