“Governo Lula cheira a mofo”, afirma ACM Neto, ao defender fim da coalizão

ACM Neto participa de convenções no interior da Bahia; Cruz das Almas está na lista - Cruz das Almas - FORTE NA NOTÍCIA

ACM diz que União Brasil precisa ter candidatura própria

José Carlos Werneck

Em entrevista ao jornal “O Globo”, o ex-prefeito de Salvador e vice-presidente do União Brasil, ACM Neto, voltou a defender que seu partido abandone desde já os cargos que ocupa no governo  Lula  e construa uma candidatura própria para 2026. 

ACM Neto salientou que alianças locais com candidatos petistas podem ocorrer em alguns estados durante a campanha eleitoral, mas pegou pesado, dizendo que o governo Lula “cheira a mofo” e sofre rejeição até mesmo no Nordeste:

REJEIÇÃO MENOR – “Lula não compreendeu que não foi eleito pelo PT, nem pelas esquerdas. Foi eleito por um eleitor que o rejeitava menos do que rejeitava Bolsonaro, mas ele virou as costas para esse eleitor. Lula governa com o PT e para o PT. E a versão Lula 3 é muito pior do que a 1 e a 2. Eles imaginavam que conseguiriam reeditar programas que deram certo no passado, não conseguiram. A economia patina. E a gente vê um governo que cheira a mofo. Prometeram picanha e cerveja e estão entregando café, carne, gás de cozinha, ovo com preço lá em cima.”

Perguntado se há maioria no União Brasil favorável à saída do partido do governo Lula, ACM Neto ressaltou:

“Com o passar do tempo e com a aproximação da eleição de 2026, não faz sentido ocupar cargos no governo, tendo em vista que nós não estaremos na aliança do PT e da provável candidatura à reeleição do presidente Lula. Não faz sentido você ocupar cargos no governo se o seu projeto político é oposto a esse.”

CAIADO NA BAHIA – No começo de abril, o governador Ronaldo Caiado, de Goiás, lançou sua pré-candidatura à Presidência da República, em evento realizado em Salvador, junto com ACM Neto, seu aliado  desde a época em que o União Brasil, partido dos dois, chamava-se PFL.

ACM Neto recebeu Caiado de braços abertos na Bahia com um discurso muito centrado no combate à criminalidade, atualmente um dos problemas que mais preocupam o cidadão brasileiro.

Na ocasião, Caiado destacou  que a segurança pública, é uma das áreas mais bem avaliadas de sua gestão, afirmando: “Se eu chegar ao governo, na Presidência da República, vocês podem ter certeza de que bandido vai estar na cadeia ou fora do Brasil”.

Moraes insiste em tentar induzir os depoimentos das testemunhas

@juliovschneider's video Tweet

Moraes não permite que as testemunhas se expressem

João Rosa e Lucas Schroeder
da CNN

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), repreendeu uma testemunha de defesa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres durante depoimento nesta quarta-feira (28). Antonio Ramiro Lourenzo, ex-secretário executivo do Ministério da Justiça, foi ouvido no processo que apura a tentativa de golpe de Estado em 2022.

No decorrer de sua oitiva, Lourenzo disse ao ministro do Supremo: “Essa palavra ‘golpe’ eu só escuto na mídia. Acho que não teve nada nesse sentido de golpe.”

MORAES INTERVÉM – Foi então que Moraes interrompeu a fala do depoente e chamou sua atenção: “Se o senhor acha ou não que houve golpe, isso não é importante para a Corte. Se atenha somente aos fatos”, pediu o magistrado.

O ministro do STF voltou a demonstrar incomodo em um momento do depoimento de Rosivan Correia de Souza, servidor da Secretaria da Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF), que também é testemunha de defesa de Torres.

O fato ocorreu quando Rosivan tentou minimizar o poder de Torres — que foi secretário da Segurança Pública do DF em 2023 — sobre o comando da Polícia Militar da capital federal. Segundo o depoente, o Comando-Geral da PM-DF não estaria subordinada à secretaria, mas apenas vinculado a ela.

TINHA HIERARQUIA? – Ao final do depoimento, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, questionou se de fato não havia hierarquia entre a SSP e a Polícia Militar.

Advogados de Torres intervieram, argumentando que, conforme o organograma do governo do DF, a relação entre a PM e a SSP seria de vinculação, e não de subordinação.

Moraes, então, pediu a palavra e rebateu: “Eu fui secretário de Segurança. Há relação de total subordinação. O secretário de Segurança comanda a Polícia Militar e a Polícia Civil”, afirmou, exigindo que a testemunha respondesse diretamente ao questionamento feito pela PGR.

RAINHA DA INGLATERRA – A testemunha manteve a posição inicial e reiterou que, no Distrito Federal, não existiria subordinação formal da PM à SSP, mas apenas uma vinculação administrativa, fato que mudaria bastante as circunstâncias que envolveram o quebra-quebra do 8 de Janeiro.

Diante disso, Moraes se irritou e ironizou: “O secretário de Segurança é uma rainha da Inglaterra aqui?”.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOGMoraes é incontrolável e continua tentando redirecionar os depoimentos das testemunhas de defesa, para que incriminem os réus. Sua atuação é ilegal e patética.
(C.N.)

Aproximação com China e Europa é da maior importância para o país

Na imagem, dois homens estão se cumprimentando com um aperto de mão. Ao fundo, há bandeiras do Brasil e da China. O ambiente parece ser uma sala de reuniões formal, com uma mesa à frente e flores decorativas. O homem à esquerda está vestindo um terno escuro e uma camisa clara, enquanto o homem à direita está usando um terno escuro. Ambos parecem sorrir durante o cumprimento.

Único problema da viagem foi a gafe da primeira-dama

Maria Hermínia Tavares
Folha

Muito além do ‘Sul Global’, as relações entre Brasília e Pequim, importantes no plano comercial, não são um diálogo entre iguais. Manter o equilíbrio nas relações com os Estados Unidos, a China e a União Europeia talvez seja o principal desafio da política externa brasileira. Há muito tempo, o país chegou à maturidade em suas relações com a grande potência do Norte e com as nações da zona do euro.

AMADURECIMENTO – Escapando do realinhamento político automático, o amadurecimento se expressa no baixo grau de conflito; na discussão pragmática das divergências; na cooperação onde possível; no distanciamento quando necessário; na autonomia sempre.

O relacionamento oficial, gerido no dia-a-dia por diplomatas de carreira, independe em boa medida da linha dos governos de turno. (Exceção feita ao curto período em que o comando do Itamaraty foi assaltado pelo bolsonarismo delirante do ministro Ernesto de Araujo).

Convém avaliar sob esse prisma a construção de relações maduras com a China, do que a recente visita do presidente Lula – e enorme comitiva – é um episódio.

VISITA OPORTUNA – Foi uma viagem mais do que oportuna. Quando Donald Trump desorganiza o comércio mundial com a ameaça de tarifas exorbitantes, o Brasil mostrou serem muitas as oportunidades a explorar com o gigante asiático, seu principal parceiro comercial.

Dali saiu com promessas de investimentos de empresas locais da ordem de R$27 bilhões na produção automobilística, em energia renovável, transporte e delivery, insumos farmacêuticos e até bebidas.

Como se pouco fosse, 0 Banco Central explora a possibilidade de empresas brasileiras captarem recursos por meio de lançamento de títulos em yuan, a moeda chinesa.

DIÁLOGO DESIGUAL – Mas convém lembrar que as relações entre Brasília e Beijing, embora tenham adquirido envergadura no plano comercial nestas últimas décadas, não configuram um diálogo entre iguais.

Como observou o professor Maurício Santoro, da UFRJ, no livro “Brazil-China relations in the 21st century” publicado na Inglaterra, e a merecer tradução para o português, sob a retórica da cooperação Sul-Sul, o comércio entre os dois países se assemelha ao padrão da tradicional dependência Sul-Norte: vendemos commodities e importamos manufaturados.

Além do mais, a diferença de regimes políticos, inexistente no relacionamento com os Estados Unidos e a União Europeia, sugere cautela adicional no trato com a China autoritária.

“SUL GLOBAL” – A ideia do “Sul Global”, se já teve serventia no passado, hoje mais atrapalha do que ajuda a definição de uma política externa realista do Brasil para com a China. Disso são prova certas declarações do presidente Lula e alguns vídeos oficiais sobre a viagem postados no seu Instagram oficial.

O escorregão da primeira-dama no diálogo com Xi Jin Ping parece provir da mesma falta de clareza dos limites da cooperação sino-brasileira. No já remoto ano de 1946, o deputado Octavio Mangabeira, da conservadora UDN (União Democratica Nacional) curvou-se e beijou a mão do general Dwight Eisenhower, comandante das forças aliadas na Segunda Guerra Mundial e futuro titular da Casa Branca.

Com o gesto, entrou para a História como exemplo da subserviência da oposição antigetulista ao chamado “Grande Irmão do Norte”. Quase 80 anos depois, pega mal um presidente de esquerda, por ingenuidade ou erro de cálculo, agir de forma assemelhada diante dos poderosos da vez.

A diferença entre amor e felicidade, na poesia de Guilherme de Almeida

NOSSOS IDEAIS SÃO COMO BARQUINHOS DE PAPEL, ENSINAVA GUILHERME DE ALMEIDA -  Cariri é IssoPaulo Peres
Poemas & Canções

Guilherme de Andrade de Almeida (1890-1969), o Príncipe dos Poetas Brasileiros, nasceu em Campinas (SP), foi uma personalidade de destaque nos meios intelectuais e sociais como poeta, jornalista, advogado, cronista, tradutor, além de desenhista e profundo conhecedor de cinema. 

No poema “Amor, Felicidade”, Guilherme de Almeida afirma ser infeliz quem procura a felicidade através do amor, porque esta é uma ilusão pouco duradoura que acarreta uma saudade pela vida inteira.

AMOR, FELICIDADE
Guilherme de Almeida

Infeliz de quem passa no mundo,
procurando no amor felicidade: 
a mais linda ilusão dura um segundo,
e dura a vida inteira uma saudade.

Taça repleta, o amor, no mais profundo
íntimo, esconde a joia da verdade:
só depois de vazia mostra o fundo,
só depois de embriagar a mocidade…

Ah! quanto namorado descontente,
escutando a palavra confidente
que o coração murmura e a voz diz,

percebe que, afinal, por seu pecado,
tanto lhe falta para ser amado,
quanto lhe basta para ser feliz!

Esgotou-se o prazo para o Ministério responder sobre crimes da Rede Globo

Tribuna da Internet | CGU recebe denúncia contra TV Globo e manda  Ministério explicar ilegalidades

Charge reproduzida do Arquivo Google

Carlos Newton

A poderosa Organização Globo fez passar  despercebida e sem festividades o dia 27 de maio, deixando de lembrar aos brasileiros que há exatamente 60 anos o jornalista e empresário Roberto Marinho recebia ilegalmente da ditadura militar o canal 5 de São Paulo, que há décadas garante cerca de 50% do invejado e merecido faturamento da Rede Globo, uma das maiores do mundo. 

O canal 5, na verdade, pertencia à empresa Rádio e Televisão Paulista S/A, que tinha mais de 600 acionistas que nada receberam a título de pagamento pela usurpação de seus direitos.

MANOBRA FANTÁSTICA – Como parte do agradecimento a Roberto Marinho pelo indispensável apoio ao golpe militar, através de seu conluio com o embaixador americano Lincoln Gordon, o marechal Castelo Branco, primeiro presidente ungido pela ditadura militar, assinou a portaria 163, de 27 de maio de 1965,  aprovando a transferência do controle da TV Paulista a Roberto Marinho. 

Para tanto, foi encenada uma assembleia geral extraordinária, na sede da emissora em São Paulo, com a presença apenas de Roberto Marinho e de um acionista chamado Armando Piovesan, titular de apenas duas ações, num total de 30 mil. 

Sem procuração alguma, Piovesan, anotou na ata da assembleia simulada que estava com poderes outorgados pelos quatro acionistas majoritários, membros da família Ortiz Monteiro e titulares de 52% das ações ordinárias e preferenciais. 

FRAUDE MONUMENTAL – Era uma fraude audaciosa, porque dois dos principais acionistas (Hernani Junqueira Ortiz Monteiro e Manoel Vicente da Costa) já estavam mortos e sepultados no cemitério da Consolação, na capital paulista, e não poderiam ter ressuscitado para legitimar o apossamento da emissora por Roberto Marinho.

Para o Tribunal de Justiça de São Paulo, em processo movido pela família Ortiz Monteiro, “não pode ter subsistência um negócio jurídico cujo proprietário da coisa objeto do negócio sequer participou da cogitada alienação. A entender-se de outra forma, estar-se-ia proclamando a legalidade do enriquecimento ilícito e até da própria fraude, o que não é possível sancionar-se, irrefutavelmente”.

Em qualquer país democrático, é crime usar de subterfúgios e ardis para usurpar a propriedade alheia. Aqui no Brasil, a Justiça até agora ficou a favor de Marinho e seus filhos, considerando que teria havido prescrição do direito da família Ortiz Monteiro, num “usucapião empresarial”, inventado pelos advogados globais.

NOVAS PROVAS – A disputa, porém, não  acabou, porque novas provas foram encontradas e podem reverter a decisão do Supremo através de ação rescisória. Além disso, no plano administrativo a batalha judicial continua, e a CGU (Controladoria-Geral da União) há dois meses deu prazo ao Ministério das Comunicações para responder sobre outras fraudes cometidas por Marinho.

Esses fatos gravíssimos mostram que a Organização Globo não fica bem quando se apresenta como defensora da lei, da moral e da ética, ao impor normas de conduta a serem observadas pelos funcionários, mas que a Diretoria despreza de forma absoluta.

No Ministério das Comunicações, já está esgotado o prazo de 30 dias concedido pelos auditores da CGU, e estamos aguardando notícias a qualquer momento. Vamos conferir se vão encarar a realidade ou inventar mais uma norma legal inexistente e feita sob medida para atender à Organização Globo.

Crise de popularidade e fragmentação política são os desafios de Lula em 2025

Charge do Cláudio (folha.uol.com.br)

Pedro do Coutto

O governo do presidente Lula da Silva enfrenta, em 2025, um cenário político e econômico desafiador. A recente tentativa de aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) gerou forte reação na Câmara dos Deputados, com parlamentares articulando movimentos para anular a medida. Essa iniciativa evidencia a crescente tensão entre o Executivo e o Legislativo, especialmente com o Centrão pressionando por maior influência e recursos no governo.

A base de apoio de Lula, que já demonstrava sinais de fragilidade, mostra-se cada vez mais fragmentada. Divergências internas e disputas por protagonismo entre diferentes alas do governo têm dificultado a implementação de políticas coesas. A falta de unidade compromete a eficácia administrativa e a capacidade de resposta às demandas populares.

ÍNDICES – A popularidade do presidente tem sofrido quedas significativas. Pesquisas recentes indicam uma aprovação de apenas 24%, o menor índice registrado em seus três mandatos. A desaprovação atinge 41%, refletindo o descontentamento da população com a gestão atual. Fatores como a inflação dos alimentos, que subiu 55% nos últimos cinco anos, têm impactado diretamente o poder de compra dos brasileiros, especialmente das classes mais baixas.

O Nordeste, tradicional bastião eleitoral de Lula, também apresenta sinais de desgaste. A aprovação na região caiu de 67% para 60% entre dezembro e janeiro, segundo levantamento da Quaest. A dificuldade do governo em dialogar com trabalhadores informais e pequenos profissionais liberais, comuns na região, contribui para esse cenário.

A comunicação do governo tem sido apontada como um dos pontos fracos. Erros estratégicos no início do mandato criaram falsas expectativas, segundo avaliação do próprio Planalto. A falta de clareza na divulgação de políticas e medidas adotadas contribui para a percepção de ineficiência e desorganização.

CRISES – Internamente, o governo enfrenta crises e instabilidades. Ministros manifestam desejo de deixar os cargos, e a relação com o Congresso é marcada por tensões. A recente decisão do Superior Tribunal Militar de reduzir penas de militares envolvidos na morte do músico Evaldo Rosa levanta preocupações sobre a justiça militar no Brasil e adiciona mais um elemento de desgaste para o governo.

A oposição, por sua vez, aproveita o momento para intensificar críticas. O ex-presidente Jair Bolsonaro, mesmo inelegível, declarou que Lula “está derretendo”, referindo-se à queda na popularidade do atual presidente. Pesquisas indicam que nomes da direita, como Bolsonaro e sua esposa Michelle, aparecem à frente de Lula em cenários de segundo turno para 2026.

Diante desse panorama, o governo Lula precisa reavaliar estratégias e buscar reconstruir sua base de apoio. A implementação de políticas eficazes, uma comunicação clara e a recomposição das alianças políticas são essenciais para superar os desafios atuais e evitar um isolamento político que comprometa a governabilidade e as perspectivas para as próximas eleições.

Com o dom de se iludir, Lula não vê que o governo leva uma surra atrás da outra

Por que Nikolas retirou pedido para derrubar decreto do IOF do governo |  Metrópoles

Nikolas Ferreira tem conseguido levar o governo à loucura

Dora Kramer
Folha

Não ficou muito claro o que o presidente Lula (PT) quis dizer quando anunciou que a partir de junho vai voltar a “fazer política”, percorrendo o país para “combater a canalhice”.

Talvez tenha querido dar um aviso aos navegantes de que aquele Lula, que na oposição arrasava quarteirões e na Presidência não dava moleza aos adversários, estará de volta, mostrando com quantos paus se faz um embate de mestre.

NIKOLAS CRESCE – Se foi esse o significado de suas palavras, vai ter de começar dando um jeito de não levar um baile de Nikolas Ferreira (PL-MG) a cada trapalhada do governo.

O jovem deputado de primeiro mandato, que antes havia sido vereador durante dois anos, virou referência de temor para o experiente PT em sua quinta estadia no Palácio do Planalto. Um contraste e tanto com Lula pela terceira vez presidente, tarimbadíssimo nas lides da política, às quais já dedica mais da metade de seus 79 anos de idade.

Haveria até sentido em atribuir as dificuldades comparativas a uma questão geracional se o deputado dos temidos vídeos fosse o único combatente em campo. Ele é apenas o mais estridente integrante de uma oposição composta majoritariamente por gente formada na escola de professores que a antiga crônica política chamava de raposas felpudas.

TUDO ERRADO – A esses seres matreiros o governo tem fornecido matéria-prima de trabalho com decisões atabalhoadas, declarações inapropriadas, arrogância desmedida e recuos improvisados. Tudo isso embalado numa repetição sistemática de erros que deveriam ter sido aprendidos e corrigidos.

Nenhuma lição parece ter sido tirada dos episódios das blusinhas, do Pix, dos atropelos ao Congresso, da crise no INSS e da confusão do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

É uma sucessão de surras autoinfligidas, das quais adversários e aliados de ocasião obviamente se aproveitam sem que o governo esboce capacidade de reação. E Lula acha que vai resolver tudo a partir de junho, quando, anuncia, percorrerá o país para “fazer política e combater a canalhice”.

Estratégia de Moraes e Gonet é direcionar respostas para justificar as acusações

A imagem mostra um grupo de pessoas em um ambiente de tribunal. Um homem com cabelo grisalho e óculos está em primeiro plano, olhando com uma expressão séria. Ao fundo, há uma mulher com cabelo longo e grisalho e um homem careca. A bandeira do Brasil está visível ao lado.

Gonet levanta controvérsias dar sustentação às acusações

Cézar Feitoza
Folha

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, mudou nesta quinta-feira (22) o estilo de inquirição das testemunhas no processo pela trama golpista. O novo perfil foi adotado após ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) criticarem a forma como o procurador conduziu o depoimento do ex-chefe do Exército Freire Gomes.

Assim, Gonet passou a a ser mais firme na audiência com as testemunhas escolhidas pela defesa do tenente-coronel Mauro Cid, na avaliação de dois integrantes do tribunal. Em especial com o general Júlio Cesar de Arruda, ex-comandante do Exército.

FUGIU DO TEMA – O procurador interrompeu a fala de Arruda quando o general fugiu do tema central das perguntas e explorou trechos do depoimento considerados controversos.

A mudança de postura de Gonet ficou clara já no início da inquirição. Ele perguntou ao ex-chefe do Exército se confirmava o teor de reportagem publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo que mencionava um encontro entre Arruda e o general da reserva Mario Fernandes, acusado de planejar o assassinato de autoridades na trama golpista.

“A imprensa coloca muitas coisas, né. Eu conheço o general Mario e ele foi meu aluno no curso de comandos, em 1988. Eu fiz o curso em 1987, em 1988 fui instrutor. E ele era um dos oficiais mais modernos. Servimos juntos”, disse Arruda.

ESTEVE LÁ – Gonet interrompeu a resposta por avaliar que o general fugiu do tema. Ele queria saber se o encontro era verdadeiro. “Não foi isso que perguntei. Confirma que ele [Mario] esteve lá?”, perguntou Gonet.

Arruda acabou confirmando que o encontro ocorreu, em 28 de dezembro de 2022, em seu gabinete no Departamento de Engenharia e Construção do Exército. Negou, porém, que o general tenha feito apelos golpistas ou que tenha expulsado o colega da sala.

O procurador ainda explorou uma divergência no depoimento de Arruda sobre os motivos da visita de Mario Fernandes. Na primeira versão, o depoente disse que o general da reserva queria saber se Arruda seria realmente nomeado comandante do Exército.

DIVERSOS ASSUNTOS – Em segunda resposta sobre o mesmo tópico, Arruda disse que a pergunta não foi feita porque a nomeação já era de conhecimento público. “Conversamos sobre diversos assuntos”, disse o general, sem dar detalhes sobre a conversa.

Na segunda-feira (19), primeiro dia de depoimentos, parte dos ministros do Supremo avaliou que o procurador não conseguiu se contrapor à versão considerada mais amena apresentada por Freire Gomes sobre as articulações golpistas.

Em vez de explorar controvérsias no depoimento, o PGR fez digressões para confirmar se a resposta do ex-chefe do Exército poderia ser entendida conforme foi narrada na denúncia.

MINUTA DO GOLPE – Uma dessas intervenções ocorreu quando o ex-chefe do Exército disse que não se espantou quando o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) apresentou aos comandantes militares a primeira minuta do decreto golpista.

Freire Gomes disse que Bolsonaro apresentou o documento como um estudo, embasado na Constituição, e que o então presidente informou que voltaria ao assunto após consultar outros auxiliares.   

“Posso dizer, então, que ele estava preparando os senhores, com razões jurídicas, para apresentar mais a seguir medidas de intervenção que ele já estava antecipando que ia tomar?”, perguntou Gonet.

DIRECIONAR A RESPOSTA – O advogado Celso Vilardi, defensor de Bolsonaro, disse que a pergunta buscava direcionar a resposta do general. O ministro Alexandre de Moraes negou a questão de ordem, e o microfone de Vilardi foi cortado.

“Doutor Paulo Gonet, não necessariamente”, respondeu o ex-comandante. “Talvez ele tenha nos apresentado por questão de consideração, já que alguns aspectos dos documentos se referiam a GLO [Garantia da Lei e da Ordem], estado de defesa e estado de sítio”.

Moraes acabou interrompendo o interrogatório de Freire Gomes, sob a justificativa de que ele estaria mudando versões, e disse que o general deveria falar a verdade em juízo.

O mais vergonhoso equívoco da Procuradoria Geral da República em toda a história do Direito pátrio, foi, sem dúvida, o de ignorar a tese universalmente aceita pelas ciências sociais e políticas, dentre essas o Direito, de que o indivíduo em grupo e sob influência de um líder se despersonaliza (Freud em Psicologia das massas e analise do eu), de modo a provocar a desarmonia social entre uma condenação gigantesca de Débora Rodrigues dos Santos ao lado de Bolsonaro sem julgamento e solto. Namastê!

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Namastê significa “eu me curvo diante de ti”. Está evidente que o golpe estava sendo planejado e que Bolsonaro tentava o apoio das Forças Armadas. Mas está evidente também que o ministro Moraes, com auxílio do procurador Gonet, direciona respostas para justificar suas teses, e ainda há quem chame isso de Justiça. (C.N.)  

Fraude sofisticada? Venda bilionária do Master ao BTG pode acabar na Justiça

BTG compra R$ 1,5 bi em ativos de Vorcaro, que vai capitalizar o Master

Prédio do Hotel Fasano é um dos ativos em negociação

Carlos Newton

O noticiário financeiro foi surpreendido esta semana pela revelação de que o BTG Pactual está adquirindo um pacote bilionário de ativos do banqueiro Daniel Vorcaro, controlador do Banco Master, por cerca de R$ 1,5 bilhão.  A lista de ativos, segundo o Brazil Journal, inclui o prédio do Hotel Fasano Itaim e posições em empresas listadas como Light (15,17% do capital), Hapvida e Méliuz (8,12%).

Dois grupos ofereceram um preço para o pacote completo: o BTG e a J&F Investimentos, dos irmãos Joesley e Wesley Batista. E a proposta do BTG, do banqueiro André Esteves, estaria saindo vencedora.

EM MEIO A DENÚNCIAS – A operação — embora apresentada como um movimento de mercado — ocorre em meio a denúncias já formalizadas junto ao Banco Central, à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e ao Tribunal de Contas da União (TCU), enviadas pela Tribuna da Internet.

A transação está sendo justificada como forma de capitalizar o Banco Master, que tem enfrentado sérias dificuldades, principalmente após a exposição de irregularidades envolvendo sua carteira de precatórios e a linha de crédito consignado CredCesta, destinada a servidores públicos.

Em tradução simultânea, trata-se, portanto, de uma venda expressiva de ativos sensíveis, feita em momento de pressão institucional e sem transparência plena quanto à destinação dos valores.

PERGUNTA JURÍDICA – Surge, assim, a pergunta jurídica que não quer calar: Pode essa operação ser considerada uma fraude contra credores? A resposta, é claro, exige precisão técnica, mas o cenário preocupa.

Não se trata, ao menos por ora, de fraude à execução, prevista no artigo 792 do Código de Processo Civil, já que não há ação judicial pendente diretamente sobre os bens alienados. Tampouco se trata, em sentido estritamente clássico, de uma fraude contra credores nos moldes do artigo 158 do Código Civil, se não houver prova imediata de prejuízo.

Contudo, um grande especialista em Direito Financeiro explica que a jurisprudência brasileira já reconhece que, mesmo sem ação pré-existente, uma alienação patrimonial feita em contexto de esvaziamento do ativo, sem quitação proporcional do passivo e com ciência da situação fragilizada do devedor pode ensejar uma “ação pauliana” — instrumento clássico do Direito Civil para anular negócios jurídicos fraudulentos em prejuízo da coletividade de credores.

SINAIS DE ALERTA – A venda de ativos de Daniel Vorcaro ao BTG não é uma simples operação de desinvestimento. Ela envolve empresas e direitos de crédito altamente controversos, como precatórios em grande volume e ativos da CredCesta, cuja viabilidade econômica já vinha sendo questionada.

Realizada enquanto tramitam investigações e denúncias formais, a operação levanta uma dúvida inevitável: estaríamos diante de uma reorganização patrimonial feita para blindar bens e comprometer o pagamento de obrigações?

“Se a resposta for afirmativa, o Judiciário pode — e deve — intervir. E o caminho processual é a ação revocatória (pauliana), prevista no artigo 161 do Código Civil, que permite anular atos praticados com intenção de prejudicar credores, mesmo antes da propositura de ações executivas ou de reconhecimento judicial da dívida. Para isso, bastará demonstrar dois elementos: prejuízo efetivo (eventus damni) e má-fé do adquirente (scientia fraudis)”, disse à Tribuna da Internet o advogado financeiro.

E O BTG? – O fato de o BTG Pactual ser um dos maiores e mais respeitados bancos de investimento do país não o exime do dever de diligência. Ao adquirir ativos de um grupo sob investigação, o banco assume o risco institucional de se associar a uma possível manobra de proteção patrimonial lesiva a terceiros. Isso exige cautela, transparência e, sobretudo, responsabilidade com os impactos jurídicos e sociais da operação.

Em um momento em que se discute a moralidade no sistema financeiro e a proteção ao interesse público, o caso Banco Master–BTG merece investigação firme, crítica pública e atuação coordenada das autoridades reguladoras e do Judiciário. Não se trata de criminalizar negócios privados legítimos, mas de exigir que, diante de denúncias e de evidente desbalanceamento patrimonial, nenhuma operação dessa magnitude seja tratada como trivial ou blindada sob a capa da tecnocracia.

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P.S.
As denúncias feitas pela Tribuna da Internet foram aceitas e estão sob análise do Banco Central, da CVM e do TCU, mostrando que é viável a colaboração direta entre imprensa e poder público. (C.N.)

Supremo sob suspeição, com parentes de ministros disputando ação bilionária

Tribuna da Internet | Esses ministros do Supremo fazem por merecer algum  respeito da sociedade?

Charge do Bier (Arquivo Google)

Guilherme Seto e José Marques
Folha

Uma disputa bilionária em diferentes tribunais entre gestores financeiros e Walter Faria, dono do Grupo Petrópolis, das cervejas Itaipava e Petra, mobilizou nos últimos anos pelo menos dez familiares de membros da cúpula do Judiciário brasileiro que atuam como advogados nas causas.

Entre os que defendem ou defenderam algum dos lados do litígio estão parentes dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes, Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin e Kassio Nunes Marques. Também participa do processo um filho do ministro Luis Felipe Salomão, vice-presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça).

TUDO EM FAMÍLIA – Os familiares dos ministros atuam ou atuaram como advogados de um dos lados de processos que tramitam no STJ, na Justiça do Paraná e na Justiça Federal em Brasília. A causa certamente chegará ao Supremo, se não houver acordo.

Quando isso acontecer, pode haver uma enxurrada de impedimentos de ministros nas ações. O motivo é que, segundo a legislação, um magistrado não pode julgar um caso no qual seu cônjuge ou parente tenha atuado.

Walter Faria e os empresários Renato Mazzucchelli e Ruy del Gaiso brigam desde 2019 pelo controle da Imcopa, empresa paranaense de produção de derivados de soja que está em recuperação judicial desde 2013. Os créditos da recuperação foram estimados em mais de R$ 3,3 bilhões.

DURANTE A PRISÃO – Faria acusa os demais de terem dado “um golpe” durante sua prisão na Operação Lava Jato, em 2019. Ele foi investigado sob suspeita de manter uma estrutura de pagamento de propinas e de agir em conluio com a Odebrecht. Em 2022, Gilmar anulou decisões tomadas em instâncias inferiores sobre o caso e determinou o arquivamento de ações penais.

Faria diz que tinha um acordo com Mazzucchelli, Gaiso e Naede de Almeida, seu ex-braço direito, de que eles investiriam recursos seus na Imcopa, para que ele não aparecesse publicamente como interessado. Segundo Faria, o combinado era o de que ele se tornaria o dono dos créditos da Imcopa, mas ele passou a ser impedido de exercer esse direito por meio de uma suposta alteração fraudulenta em contrato.

Os outros negam qualquer manobra e afirmam que Faria é quem tenta modificar termos acordados previamente. Mazzucchelli e Gaiso dizem que Faria concordou que a operação seria encabeçada por eles e abriu mão, em carta, de resgatar seu investimento antes do vencimento, estipulado para 2025.

EM INSTÂNCIAS – A briga judicial tem diversos ramos. No STJ, discute-se a responsabilidade de cada tribunal para tomar decisões específicas a respeito do imbróglio e da recuperação judicial.

No ano passado, o ministro Antonio Carlos Ferreira derrubou determinações feitas no Paraná, por entender que invadiam a competência da Justiça Federal no DF. O caso ainda deverá ser levado a análise de colegiado no STJ.

Atualmente, a Imcopa é administrada pelo Grupo Petrópolis, que teve decisões favoráveis em Brasília e no Paraná. Na disputa judicial, a família de Gilmar Mendes tem representantes nos dois lados envolvidos.

FILHA E PRIMOS – Em setembro do ano passado, Laura Schertel Ferreira Mendes, sua filha, foi incluída como uma das advogadas do Petrópolis no processo que tramita no STJ. Um mês depois, ela deixou o caso, e entraram Maria da Conceição Sabo Mendes e Pedro Anísio Sabo Mendes, filhos do juiz federal Ítalo Mendes, que foi presidente do TRF-1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região) e é primo do ministro do Supremo.

Maria Carolina Feitosa Tarelho, enteada de Gilmar e filha da advogada Guiomar Mendes, esposa do ministro, também fez parte da equipe de advogados do Petrópolis na disputa.

Do outro lado do processo, estão as representantes da Crowned, empresa criada em Luxemburgo e que foi usada para receber recursos de Faria e investir em créditos da Imcopa.

MAIS PARENTES – Guiomar Mendes e sua filha Daniele, irmã de Maria Carolina (advogada da Petrópolis) e também enteada do ministro, foram contratadas para compor a equipe de advogados da Crowned. As duas trabalham para o escritório Sergio Bermudes. Valeska Zanin Martins, esposa de Cristiano Zanin, ministro do STF, também foi integrada ao grupo.

A Crowned, no entanto, também atravessa briga pelo controle. Na sexta-feira (16), um dos lados da disputa, o advogado Ricardo Bocchino Ferrari, solicitou a destituição de toda a equipe jurídica da empresa para que Tiago Limongi assuma o caso no STJ.

A R2C Holdings, de Mazzucchelli e del Gaiso, protocolou uma contestação em que afirma que Ferrari não é proprietário da Crowned e não tem poderes para substituir advogados. A peça é assinada por Guiomar, Daniele, Valeska e outros advogados.

OUTROS MINISTROS – Além dos já citados, o Grupo Petrópolis também tem como advogados no processo Karine Nunes Marques e Viviane Barci de Moraes, respectivamente irmã de Kassio Nunes Marques e esposa de Alexandre de Moraes, ministros do STF, como mostrou a coluna Painel, da Folha, e Luis Felipe Salomão Filho, filho de Luis Felipe Salomão, ministro do STJ.

Procurados, os ministros do STF e do STJ não quiseram se manifestar sobre o tema. Também procurados, não se pronunciaram Valeska Zanin Martins, Karine Nunes Marques, Viviane Barci de Moraes e Salomão Filho.

Guiomar Mendes afirma que, assim como em outras áreas, filhos de advogados muitas vezes buscam seguir carreiras jurídicas e que as relações familiares não influenciam nos desempenhos profissionais dos que trabalham no caso em questão.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
– Desculpem os excelentes repórteres da Folha, mas a matéria está fora de época. Realmente, a lei proíbe essa promiscuidade de laços familiares entre advogados e juízes, mas há alguns anos essa atual formação do Supremo jogou a lei no lixo e está pouco ligando para parentada que enriquece ilicitamente nessas causas bilionárias. Já houve tempo em que advogados e juízes se preocupavam com ética e moral. A gente era feliz e não sabia. (C.N.)

Governo quer “abrigar” na AGU mais 8,5 mil procuradores num prédio colossal

Foi um freio de arrumação na litigância predatória contra o Estado no Brasil”, diz Messias à CNN | Blogs | CNN Brasil

Messias não explica por que pretende “entupir” a AGU…

Claudio Dantas

Enquanto o governo Lula promove sob pressão um corte bilionário no orçamento federal, dentro da Advocacia-Geral da União de Jorge Messias está sendo engatado um verdadeiro trem da alegria, que aumentará o número de integrantes do órgão em pelo menos 8.500 servidores, ou seja, um incremento de 126%.

Um projeto de lei em preparação prevê incorporar à AGU os procuradores federais e do Banco Central, que, atualmente, integram a Procuradoria-Geral Federal e o BC e são apenas vinculados.

DIZ A LEI – A criação da AGU previu, como membros, apenas os Procuradores da Fazenda Nacional (total aproximado de 2.694, incluindo aposentados e pensionistas) e os Advogados da União (4.069 aproximadamente, com aposentados e pensionistas), totalizando cerca de 6.763 servidores que representam juridicamente a União.

Ou seja, os membros originários são em número inferior até aos servidores que podem vir a ingressar na estrutura da AGU. Os procuradores da Fazenda Nacional e advogados da União reclamam nos bastidores, classificando a medida como inoportuna, inconstitucional e irregular.

Os defensores do projeto alegam que os procuradores federais e do Banco Central já tem remuneração igual à das demais carreiras e que não haveria aumento de despesa.

NÃO HÁ CÁLCULOS – Porém, fontes internas do órgão dão conta de que não há como evitar o impacto orçamentário-financeiro da medida, mas que o seu valor é desconhecido e não foi apurado até o momento, o que está causando estranhamento, já que o corte de gastos é hoje a tônica na Esplanada.

Além disto, afirmam que os números do trem da alegria podem ser ainda maiores, pois há milhares procuradores autárquicos e fundacionais e assistentes jurídicos dos entes descentralizados, hoje procuradores federais, que ficaram em quadros em extinção sob gestão do MPDG quando da LC 73 e que podem migrar para a AGU, pois há pleito destes servidores, que buscam sua inclusão na proposta em estudo.

Quem é contra a proposta da AGU, além do aumento da despesa da União, levanta outros aspectos relacionados à estrutura e imagem institucional do órgão. Alertam que, à época da criação da AGU, o Partido dos Trabalhadores, base do atual governo, posicionou-se, expressamente, contra o trem da alegria, especialmente com o suporte do deputado Hélio Bicudo.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – A notícia do site de Cláudio Dantas não tem outra explicação. O que se diz é que Messias quer construir mais um palácio em Brasília para abrigar essa super-AGU e render propinas para a campanha do PT no ano que vem. Apenas isso, não há outra justificativa. (C.N.)

Bestial! Gonet e Moraes estão fazendo de Eduardo Bolsonaro um perseguido político

Eduardo Bolsonaro critica PGR e pede que EUA resgate' tradição de exportadores da democracia' | Band

Eduardo será considerado vítima de governo autoritário

Vicente Limongi Netto

Eduardo Bolsonaro, o singelo pai dele e os bolsonaristas em geral estão rindo à toa, com o pecado mortal da estupidez, da burrice e, sobretudo do amadorismo político dos adversários, que raciocinam com os pés, ao invés de usarem o cérebro. 

É patético ver a Procuradoria-Geral da República recomendar que o Supremo Tribunal Federal processe o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). O destrambelho torna vítima o fujão deputado, agora também fantasiado de perseguido político, pavimentando o caminho para vir a ser eleito senador no pleito de 2026. Sem precisar sair de casa. 

ERRO FEIO – No EUA, Trump erra ao proibir alunos estrangeiros na respeitada Harvard. Logo agora que o casal monoglota Janja e Lula tem convite para concluir tese de mestrado na mais famosa universidade do mundo, prestes a completar 400 anos de fundação.

Lula está inconformado. Vai pedir que os amigos democratas Pudim e Maduro façam gestões junto ao presidente norte-americano.

A tese do querido e estudioso casal da Silva trata, com profundidade, do marcante e oportuno tema “Como destruímos o Brasil e empobrecemos, mais ainda, o povo, em menos de 4 anos”.

ANCELOTTI TROPEÇA – Estreia ruim de Carlo Ancelotti. Lista medonha e medíocre de convocados para os dois próximos jogos do Brasil, nas eliminatórias. A safra de atletas é ruim, faz tempo. Mas o novato Ancelotti não precisava exagerar.

A assessoria brasileira do treinador deve ser repleta de flamenguistas. Na lista vários perebas do Flamengo. Um deles, Danilo, Santo Deus, faz tempo que é reserva de luxo. O meia Gerson (favor não confundir com o cerebral xará dele, tri-campeão do mundo, eterno gênio), foi convocado. Ele mesmo estranhou.

No jogo de domingo, com o Palmeiras, saiu deitado naquele carrinho dos machucados.  Bom jogador, de clube. Não cria, não lidera, não tem inspiração. Não amarras as chuteiras de Pulo Henrique Ganso.

E NEYMAR? – Voltando de contusão, Neymar jogou bem, no retorno com o Vitória, mesmo ainda não atuando um jogo inteiro, é mais útil à seleção do que dezenas dos convocados. Só a presença dele impõe respeito. Ancelotti chamou jogadores que nem conhece. Nunca viu os caras jogares. Nomes esquisitos.

Torcedor fica dando tratos a bola. Jogadores jogam no exterior, arrebentam nos clubes, na seleção produzem pouco ou quase nada. São conhecidos apenas pelos familiares deles.  A agonia pelo hexa começou mais cedo do esperado. 

CIUMEIRA INFERNAL – A patética ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, não está gostando da excessiva aproximação de Lula com Davi Alcolumbre.

Ocorre que Alcolumbre, com todos os imensos defeitos, é presidente do Senado e do Congresso Nacional. Lula precisa mais dele, para tentar descascar pepinos e abacaxis, do que da deputada eventualmente ministra.

A situação já anda difícil demais para as bandas do PT e de Lula, portando, dona Marina deve se recolher a sua abissal insignificância.

Itamaraty abre um canal com Supremo sobre as ameaças de sanções a Moraes

Deputada exibe foto de Moraes em sessão sobre censura no Brasil: 'Não sei  se é socialista ou tolo'

Na Câmara dos EUA, deputada mostrou quem é Moraes

Mariana Muniz
O Globo

Em meio às ameaças do governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, o Ministério das Relações Exteriores brasileiro tem mantido os ministros da Corte informados sobre os desdobramentos diplomáticos envolvendo o imbróglio.

O episódio ainda não é visto nos bastidores do Supremo como uma “crise”. Interlocutores do STF ouvidos pelo GLOBO afirmam que o Itamaraty tem estado em permanente contato com o tribunal para dar informações atualizadas sobre o tema.

NA NORMALIDADE? – No Supremo, a avaliação é que o assunto corresponde à esfera diplomática e que o desenrolar está ocorrendo “dentro da normalidade”.

Na Corte também há o entendimento de que esse é um assunto que não cabe ao próprio tribunal conduzir, e sim às autoridades diplomáticas.

Na semana passada, a possibilidade de punição a Moraes foi comentada pelo chefe do Departamento de Estado dos EUA, Marco Rubio, durante seu depoimento na Comissão de Relações Exteriores do Congresso americano, na última quarta-feira.

GRANDE POSSIBILIDADE – Ao ser questionado pelo deputado republicano Cory Mills, que comentou sobre a “perseguição política” da oposição no Brasil, o auxiliar de Trump disse que há “grande possibilidade” de imposição de sanções contra o magistrado.

— Isso está sob análise neste momento, e há uma grande possibilidade de que isso aconteça — afirmou Marco Rubio, ao responder a uma pergunta nesse sentido feita pelo deputado republicano Cory Mills (Flórida).

O governo americano usa como base a Lei Global Magnitsky, que permite punições a autoridades estrangeiras acusadas de corrupção ou graves violações de direitos humanos. O ministro poderia enfrentar bloqueio de bens e contas bancárias no país, além de ter o visto cancelado e ser proibido de entrar nos EUA.

INVESTIGAÇÃO – Na segunda-feira, Moraes atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e abriu um inquérito para investigar a atuação do deputado federal Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos contra autoridades brasileiras.

No pedido encaminhado ao Supremo, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, menciona postagens em redes sociais e entrevistas a veículos de imprensa dadas por Eduardo Bolsonaro.

Moraes é o relator do caso pelo fato de o procurador-geral da República ter vinculado o pedido ao inquérito das fake news e à ação penal da trama golpista, ambas conduzidas pelo ministro.

ATOS DE EDUARDO – No pedido, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, menciona postagens em redes sociais e entrevistas a veículos de imprensa dadas por Eduardo Bolsonaro.

“Há um manifesto tom intimidatório para os que atuam como agentes públicos, de investigação e de acusação, bem como para os julgadores na Ação Penal, percebendo-se o propósito de providência imprópria contra o que o sr. Eduardo Bolsonaro parece crer ser uma provável condenação”, aponta a Procuradoria-Geral de República.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
A matéria necessita de tradução simultânea. A informação de que o Itamaraty está acompanhando o caso não significa nada, porque nada é o máximo que os diplomatas podem fazer. Dizer que o Supremo entende que tudo está “na normalidade” é uma Piada do Ano. Na verdade, Moraes está apavorado e os outros ministros, também. Todos podem ser classificados e punidos por abusos de poder e infrações de direitos humanos. No desespero, Moraes decidiu processar Eduardo Bolsonaro, e isso é outra cagada do ministro, como diz o procurador Gonet. Daqui a pouco a gente volta ao assunto. (C.N.)

No Brasil e na África do Sul existem as testemunhas que não viram nada…

Plural on X: "Charge do dia. Por Benett. https://t.co/j47PqRHQIJ  https://t.co/a2ASmvK4up" / X

Charge do Benett (Folha)

Luís Ernesto Lacombe
Timeline

De militar de alta patente a jornalistas enviesados, há um bando que chafurda na mentira. É uma nova e triste era. Os acusadores agora estão liberados do ônus da prova. Suas mentiras podem ser mal encaixadas em narrativas esdrúxulas, para transformar alvos previamente escolhidos em criminosos.

As defesas, apegadas aos fatos, despejam provas de verdade, concretas, irrefutáveis, e mais provas, e mais provas… Mesmo assim, as condenações vão sendo impostas. A realidade é picotada, estraçalhada, numa série sem fim de abusos, arbítrios e ilegalidades. Chegaram ao cúmulo de inventar as testemunhas que não testemunharam nada, que nada viram e nada ouviram.

“TENTATIVA DE GOLPE” – O brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Júnior, que comandou a Aeronáutica na gestão de Jair Bolsonaro, é uma dessas figuras. Na última quarta-feira, ele depôs por cerca de uma hora e meia à Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal no processo sobre a tal “tentativa de golpe de Estado”.

O processo todo é uma baboseira. Se Jair Bolsonaro estudou dispositivos constitucionais para evitar que um condenado em três instâncias por corrupção e lavagem de dinheiro voltasse à presidência da República, Dilma Rousseff fez o mesmo em 2016, quando estava com a corda do impeachment no pescoço. E ela nunca foi acusada de ser golpista.

E tudo o que houve de quebra-quebra na Praça dos Três Poderes em Brasília em 2006, 2013, 2014, 2016 e 2017 não teve nada a ver com golpe de Estado? Congresso invadido, depredado… O Palácio do Itamaraty, a sede do Supremo Tribunal Federal e o Palácio do Planalto atacados… Tentativa de incendiar prédios de pelo menos quatro ministérios… Carros e ônibus destruídos pelo fogo… Dezenas de policiais feridos…

TURMA DO AMOR – Mas era a turma do amor, a turma do Lula, dos partidos comunistas e socialistas, das centrais sindicais, do MST. Não havia golpistas, nem terroristas, nem selvagens que merecessem ser extirpados. Muito pelo contrário, foram todos protegidos, como se democratas e respeitadores das leis fossem.

Voltando ao brigadeiro Baptista Júnior, ele confirmou essa semana que houve uma reunião dos comandantes das Forças Armadas com Jair Bolsonaro no Palácio da Alvorada, depois do segundo turno das eleições de 2022. E o que foi discutido? O uso de “algum instituto previsto na Constituição” para impedir a posse de Lula. Esses meios seriam uma Operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) ou a implementação de um Estado de Defesa ou de Sítio.

Ou seja, seria um “golpe” com base na Constituição… Baptista disse que testemunhou o planejamento de uma “ruptura institucional”, que ele preferiu não denunciar.

NÃO SOUBE DIZER – O ex-comandante da Aeronáutica, uma “testemunha de cativeiro”, como definiu o advogado Jeffrey Chiquini, não soube dizer se o ex-ministro da Justiça Anderson Torres participou da tal “reunião do golpe”, mas afirmou que Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, não estava no encontro. E, destruindo-se como testemunha, ele disse que não chegou a ver a tal “minuta do golpe” porque se retirou da reunião. O brigadeiro contou que decidiu ir embora porque “não compactuava com nada daquilo”, mesmo sem saber exatamente o que era “aquilo”, já que não leu o documento que foi apresentado…

A nova velha imprensa também está cheia de gente como o brigadeiro, gente que não sabe de nada, mas sabe de tudo.

ATÉ NA GLOBONEWS– Em debate com Eliane Cantanhêde na GloboNews sobre as sanções do governo americano contra Alexandre de Moraes, Guga Chacra disse, de certa forma, que compreendia a reação dos Estados Unidos contra a tirania do ministro do Supremo.

Falando especificamente sobre dois perseguidos por Moraes – os jornalistas Rodrigo Constantino e Paulo Figueiredo –, Guga afirmou que acompanha as redes sociais deles e que nunca os viu fazer ameaças ou mentir:

“Se alguém comete crime de calúnia e difamação, você pode processar a pessoa, mas calar é algo muito forte. Eu fico muito preocupado que as pessoas não possam exercer a liberdade de expressão”.

DEFESA DA CENSURA – Eliane Cantanhêde, que já afirmou que “criticar o governo é crime”, como mais uma “testemunha ocular” que nada vê e nada ouve, acusou Constantino e Figueiredo de mentir e ameaçar ministros do Supremo e seus parentes, defendendo a perseguição e a censura que eles sofrem.

Cantanhêde não teve vergonha de dizer que não acompanha o trabalho dos jornalistas, que não acessa os conteúdos produzidos pelos dois, que “não teria paciência para isso”, mas declarou que eles fazem, sim, ataques, mentem e “instigam a sociedade contra as instituições, as autoridades, as eleições e a Constituição”.

Talvez ela seja uma reencarnação da Mãe Dinah… Se a jornalista não quer saber do que eles escrevem e dizem, em que se baseia para acusá-los?

OUTRO EXEMPLO – No bando de testemunhas com vendas nos olhos e tampões nos ouvidos da GloboNews também está Marcelo Lins. “Comentando” o encontro, no Salão Oval da Casa Branca, entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, o jornalista disse o seguinte:

“Não tem nenhum órgão de imprensa independente, sério da África do Sul ou de fora que fale que esteja havendo perseguição sistemática, muito menos genocídio contra a minoria branca da África do Sul. Isso é uma mentira criada por grupos contrários ao governo. Isso beira o inacreditável… Esse é um tema fake, que não aguenta uma checagem bem feita”.

O vídeo exibido por Trump ao presidente sul-africano prova o contrário. Nele, o político Julius Malema, que já foi do partido que governa a África do Sul, grita “mate o bôer”, que é o descendente dos colonizadores holandeses, dinamarqueses, alemães e franceses.

BRANCOS COVARDES – O Tribunal Constitucional do país, há cerca de dois meses, liberou o slogan, afirmando que aquelas palavras não devem ser interpretadas literalmente. Ou seja, segundo o STF sul-africano, “mate o bôer” não quer dizer “mate o bôer”…

O próprio presidente Ramaphosa já fez discurso zombando dos brancos que deixam o país com medo de serem atacados e mortos. Ele disse: “Brancos covardes, fiquem e aceitem as coisas como homens”.

Para piorar, Cyril Ramaphosa incluiu na comitiva dele na visita aos Estados Unidos cinco jogadores de golfe sul-africanos brancos. Um deles, Retief Goosen, disse a Trump que os fazendeiros brancos vivem protegidos por cercas elétricas e que, mesmo assim, amigos do pai dele, que também tem uma fazenda, já foram mortos.

PERSEGUIÇÃO – O jogador Goosen afirmou que a perseguição aos produtores do campo é constante e que muitas áreas rurais são atacadas, queimadas e que máquinas agrícolas são roubadas.

Marcelo Lins não quer saber de nada disso, e ele ainda acha que o governo da África do Sul pode defender os terroristas do Hamas e acusar Israel de cometer genocídio na Faixa de Gaza… É mais uma “testemunha ocular” que confia apenas nos jornalistas enviesados como ele, nos organismos internacionais globalistas, em terroristas e, claro, no Lula, no Alexandre de Moraes, em toda a turma xexelenta do STF.

E ficamos assim, revoltados com os donos da “verdade” construída mal e porcamente. Eles tomaram conta de tudo, mas é da revolta justamente que vem a força maior para reagir contra isso.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Importante artigo enviado por Mário Assis Causanilhas. Mostra que a Tribuna da Internet está no caminho certo, sob o signo da liberdade, ao abrigar o livre debate de ideias. É certo que o país está num momento difícil, dominado por fake news de ambos os lados. Somente quando a poeira baixar é que a nitidez mostrará em que estágio de democracia estamos. (C.N.)

Há mais de 400 anos, Gregório de Mattos já satirizava a corrupção no Brasil

O todo sem a parte não é todo; A parte... Gregório de Matos - PensadorPaulo Peres
Poemas & Canções

O advogado e poeta baiano Gregório de Mattos Guerra (1636-1695), alcunhado de “Boca do Inferno ou Boca de Brasa”, é considerado o maior poeta barroco do Brasil e o mais importante poeta satírico da literatura em língua portuguesa, no período colonial. Há mais de 400 anos, Gregório já dizia que neste mundo quem tem muito dinheiro é o que mais rouba e quem pode comprar tudo.

AS COUSAS DO MUNDO
Gregório de Mattos

Neste mundo é mais rico o que mais rapa:
Quem mais limpo se faz, tem mais carepa;
Com sua língua, ao nobre o vil decepa:
O velhaco maior sempre tem capa.

Mostra o patife da nobreza o mapa:
Quem tem mão de agarrar, ligeiro trepa;
Quem menos falar pode, mais increpa:
Quem dinheiro tiver, pode ser Papa.

A flor baixa se inculca por tulipa;
Bengala hoje na mão, ontem garlopa,
Mais isento se mostra o que mais chupa.

Para a tropa do trapo vazo a tripa
E mais não digo, porque a Musa topa
Em apa, epa, ipa, opa, upa.

O destino do inquérito contra Eduardo Bolsonaro já está com a Polícia Federal

Por que STF vai investigar Eduardo Bolsonaro

Eduardo Bolsonaro se considera “perseguido político”

Malu Gaspar
O Globo

A determinação do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, para que seja aberto um inquérito para investigar se houve coação do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) chegou à Polícia Federal (PF), e a cúpula da corporação já definiu o seu destino.

A apuração sobre a atuação do filho 03 do ex-presidente da República vai para a alçada da mesma equipe que investigou a trama golpista na PF, dentro do departamento de inteligência.

JUSTIFICATIVA – Embora o novo inquérito não esteja formalmente ligado à ação da trama golpista, a PF avalia que os policiais que já investigaram Bolsonaro e os outros acusados “já investigaram fatos correlatos e têm conhecimento profundo do cenário”, como definiu uma fonte que participou da definição.

No pedido ao STF pela abertura da investigação, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, pede que a PF faça o “monitoramento e preservação de conteúdo postado nas redes sociais do sr. Eduardo Bolsonaro” que tenha relação com a investigação, além de convocar para depor o ex-presidente para falar sobre “a circunstância de ser diretamente beneficiado pela conduta descrita e já haver declarado ser o responsável financeiro pela manutenção do filho nos Estados Unidos”.

MORAES RELATA – A mesma equipe também investigou a fraude no cartão de vacinação do ex-presidente e de sua filha, Laura, o desvio das joias sauditas e foi também responsável pela negociação que levou ao acordo de delação premiada com o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid.

A decisão da PF segue ainda a lógica de Barroso, que já enviou o inquérito diretamente para a relatoria de Alexandre de Moraes.

E sinaliza também que vai ser muito difícil o deputado escapar do indiciamento.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Comprem pipocas, porque teremos muitas cenas desta novela da incrível guerra diplomática entre Estados Unidos e Brasil, uma nova versão do filme “O Rato que Ruge”, que mostra um paiseco europeu tipo Mônaco declarando guerra aos States e… vencendo. O papel de Peter Sellers está nas mãos de Alexandre de Moraes, que pretende concorrer ao Oscar de Defeitos Especiais. O ministro Luís Roberto Barroso, que interpreta o amigo do Xandão, também será condenado e passará a cantar apenas “Ninguém me Ama”. (C.N.)

Centrão ensaia o desembarque: a crise silenciosa que ameaça Lula em 2026

Promover acareação entre militares é possibilidade a ser imediatamente afastada

Charge do JCaesar | VEJA

Charge do JCaesar | VEJA

José Perez

Não há dúvida de que promover acareação entre os militares já é demais, é uma hipótese que deveria ser afastada liminarmente. Esses ministros do Supremo deveriam estudar um pouco mais a História do Brasil. Em 1964 existia realmente o risco de comunização do país. Na época, havia enorme encantamento com Cuba, Castro e Guevara.

O presidente João Goulart estava perdendo as rédeas e até permitindo que sargentos quebrassem a hierarquia nas Forças Armadas, esta era a realidade, muito diferente dos dias de hoje, em que a esquerda está em decadência no Brasil e no mundo, pela “alternância ideológica” que deve ser considerada tão normal quanto a “alternância de poder”.

TRANSGRESSÃO ÀS REGRAS – No momento atual, a cultura de transgressão às regras tomou conta. Os maus exemplos vêm de cima, com as interpretações de leis pela Suprema Corte, num fenômeno que começou com a soltura ilegal de Lula da Silva e quatro anos depois é sucedida pela descondenação de corruptos confessos, cancelamento de multas, arquivamento de processos, agora vêm os absurdos pedidos de indenização.

O resultado é essa promiscuidade entre empresários, políticos, governantes e magistrados, com desrespeito às antigas leis ainda em vigor. O mundo está muito complicado, com Trump, Netanyahu e Putin fazendo o que bem entendem, desrespeitando tratados internacionais, e o Brasil vem se deixando levar no turbilhão, no momento errado, que estava a exigir união e força.

Torço para que o clima de paz retorne ao país, mas está difícil. Os idiotas da objetividade citados por Nelson Rodrigues hoje são os fanáticos da polarização.

IR DEVAGAR – É hora de evitar radicalismos. Esses processos políticos devem ser julgados na forma da lei, sem humilhação aos militares, que na verdade evitaram o golpe, com o posicionamento firme do Alto Comando do Exército.

1964 foi ontem, pois 60 anos na História significam muito pouco e não estou aqui a afirmar que os militares eventualmente estariam ou estão tramando um outro golpe.

No entanto, não gostaria de lembrar que não se deve chegar ao limite com quem tem armas de guerra e constitucionalmente o poder de garantir a lei e a ordem nesse amontoado de gente diferente e com interesses próprios, mesquinhos e distintos, chamado Brasil.

Piada do Ano! Moraes proíbe testemunhas de fazerem o que ele faz o tempo inteiro

Floriano Siqueira - Notícias Relevantes | Meu tribunal, minhas regras. Esse é o Brasil de 2025. Siga: @florianoinveste #STF #Tribunal #Justiça #Direito #constituição | InstagramCarlos Newton

Importante reportagem de Isadora Peron e Tiago Angelo, no Valor Econômico, revela que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou nesta segunda-feira (dia 26) que as testemunhas indicadas pelos réus da ação penal da trama golpista devem se ater aos fatos e não dar as suas opiniões pessoais sobre o caso.

No início da audiência realizada pela Primeira Turma da Corte em videoconferência, determinou o ministro-relator: “As testemunhas, salvo peritos, não devem dar suas opiniões pessoais, ‘eu acho que’, ‘talvez fosse’. Solicito à Procuradoria-Geral da República e às defesas que permaneçamos na análise dos fatos”.  

INDUZIR A RESPOSTAS – Até aí, nada de novo no front ocidental. Mas o ministro foi além e destacou que a legislação não permite perguntas que possam induzir a respostas ou que não tenham relação com o caso investigado.

É realmente inacreditável que o ministro Alexandre de Moraes tenha feito essa advertência de que “a legislação não permite perguntas que possam induzir a respostas”. Afinal, ele não tem feito outra coisa nesse importantíssimo processo, desde a fase do inquérito.

Na verdade, todos sabem que Moraes tem obrigado o tenente-coronel Mauro Cid a depor tão longamente que mais parece tortura mental.

LONGOS DEPOIMENTOS – Em 2023, no período de apenas três dias, o ex-ajudante de ordens da Presidência na gestão de Jair Bolsonaro prestou 24 horas de depoimentos aos investigadores da Polícia Federal.

Em agosto de 2024, Mauro Cid prestou dois longos depoimentos. Um durou 10 horas, outro chegou a 12 horas. Foi nessa época em que passou a detalhar supostos crimes apontados por Moraes.

Desde que foi preso a primeira vez, já foi ouvido dez vezes. Num dos depoimentos, o próprio Moraes ameaçou prender a esposa e o pai de Cid caso ele não confessasse o que o ministro-relator queria ouvir.

PRÁTICA INACEITÁVEL – Nenhum país verdadeiramente democrático aceitaria esse tipo de procedimento do juiz de instrução. Em um dos depoimentos, Cid chorou e desmaiou. É tortura ou não é?

É claro que Moraes não tem equilíbrio para conduzir um processo de tal importância. Esse inacreditável  recado às testemunhas de defesa acontece depois de o ministro repreender, na sexta-feira (23), o ex-presidente da Câmara e ex-ministro da Defesa, Aldo Rebelo.

Durante a audiência, Rebelo foi questionado por Moraes se o comandante da Marinha Almir Garnier teria condições de, sozinho, mobilizar efetivos navais para colocar em prática o plano golpista. Ou seja, pediu a “opinião” da testemunha, algo que a lei, segundo ele, não permite.

AMEAÇA DE PRISÃO – Em sua resposta, Rebelo, que foi ministro da Defesa, começou a opinar. O ministro, então, mandou ele se ater aos fatos e ouviu de Rebelo que aquilo era “censura”. E Moraes o ameaçou: “Se o senhor não se comportar, o senhor vai ser preso por desacato”, afirmou Moraes.

As oitivas estão ocorrendo por videoconferência e sendo conduzidas diretamente pelo ministro, que é relator do caso. Conforme determina a legislação, o depoimento deve ser conduzido preferencialmente pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, porém Moraes é que se encarrega de fazê-lo, cabendo a Gonet um papel de coadjuvante.

A Primeiro Turma do STF começou a ouvir testemunhas no dia 19 de maio e as oitivas devem terminar em 2 de junho. Na semana passada, cerca de 20 depoimentos foram colhidos. Mais de 50 pessoas devem ser ouvidas esta semana, entre elas o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

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P.S. – O procurador Gonet já reconheceu que está “fazendo cagada”, mas deveria incluir Moraes e admitir: “Estamos fazendo muita cagada”. Mas não adiantaria nada. Como se dizia antigamente, o ministro-relator está cagando e andando para o que diz a lei e o que pensam dele. (C.N.)

Moraes manda investigar “trama” de Eduardo nos EUA e ouvir Bolsonaro

Eduardo Bolsonaro será representante do pai e não do Brasil, diz americano  que estuda América Latina há 5 décadas - BBC News Brasil

Levou um bom tempo até Moraes entender a situação

Rayssa Motta
Estadão

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), atendeu ao pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e autorizou a abertura de um inquérito para investigar o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) pela atuação nos Estados Unidos contra autoridades brasileiras.

A PGR atribui ao deputado uma campanha de intimidação e perseguição contra integrantes do Supremo Tribunal Federal, da Procuradoria-Geral da República e da Polícia Federal envolvidos em investigações e processos contra bolsonaristas.

Em publicações em seus perfis nas redes sociais, Eduardo afirmou que abertura de investigação é “medida injusta e desesperada” e que o procurador-geral Paulo Gonet age “politicamente”.

EM DEZ DIAS – Além da instauração do inquérito, Moraes já autorizou as primeiras medidas da investigação: o monitoramento e a preservação das publicações de Eduardo Bolsonaro nas redes sociais e a coleta de depoimentos do deputado e do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo a decisão, eles devem ser ouvidos dentro de dez dias.

A Procuradoria-Geral da República pediu para ouvir o ex-presidente por considerar que ele é “diretamente beneficiado” pela campanha e já declarou “ser o responsável financeiro pela manutenção do sr. Eduardo Bolsonaro em território americano”.

Como Eduardo Bolsonaro está nos Estados Unidos, o ministro autorizou que ele seja notificado por e-mail e responda às perguntas por escrito.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Conforme a imprensa publicou nesta segunda-feira, enfim caiu a ficha no Supremo e os ministros passaram a entender que a possibilidade de os EUA baixarem sanções contra Moraes é uma ameaça verdadeira, e eles também estão na reta, porque apoiam tudo o que faz o condutor do inquérito do fim do mundo, aquele que não acaba nunca. Censura e perseguição política estão proibidas em países democráticos, mas há quem sonhe (?) com isso no Brasil. (C.N.)