
Trudeau, premier do Canadá, reage com a mesma moeda
Deu na Folha
A imposição de tarifas sobre importações de Canadá, China e México foi oficializada pelo governo de Donald Trump neste sábado (1º) e já provocou reações e retaliações dos parceiros comerciais, o que pode levar a uma escalada na guerra comercial travada pelo republicano.
O decreto assinado pelo republicano determina taxas adicionais de 25% sobre produtos mexicanos e canadenses e de 10% sobre os chineses a partir de terça-feira (4). A ordem executiva abriu exceção para o petróleo e energia vindos do Canadá —itens dos quais os EUA são mais dependentes e que terão uma taxa menor, de 10%.
ALEGAÇÕES – Trump justificou as tarifas reclamando da segurança frouxa nas fronteiras com México e Canadá, argumentando que ambos —junto com a China— não fizeram o suficiente para conter o fluxo de opioides (fentanil) mortais para os EUA.
Os decretos assinados pelo presidente americano possuem uma cláusula anti-retaliação, prevendo medidas adicionais caso os países decidam revidar. O dispositivo, contudo, não parece ter inibido a resposta de governantes atingidos.
No fim de semana, o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, anunciou a imposição de tarifas de 25% sobre 155 bilhões de dólares canadenses (US$ 106 bilhões) em produtos americanos.
EM 21 DIAS – Parte desse montante (cerca de 30 bilhões de dólares canadenses) começará a ser taxado na terça-feira (4). O restante será efetivado em 21 dias.
As tarifas recairão sobre itens diversos, como tomates, mel, uísque, roupas, equipamentos esportivos e eletrodomésticos. Trudeau ainda pediu aos canadenses que evitem comprar produtos americanos, dando preferência aos canadenses.
“Menos de 1% do fentanil que entra nos Estados Unidos vem do Canadá. Menos de 1% dos migrantes ilegais que entram nos Estados Unidos vem do Canadá”, disse o primeiro-ministro canadenses.
HAVERÁ ACORDO? – Neste domingo (2), a embaixadora do Canadá nos EUA, Kirsten Hillman, disse esperar que um acordo seja feito antes que as tarifas de ambos os países entrem em vigor.
Ainda sem anunciar represálias como as do Canadá, a China anunciou que questionará as tarifas de Trump por meio da OMC (Organização Mundial do Comércio).
“A imposição de tarifas pelos EUA viola seriamente as regras da OMC”, afirmou o Ministério do Comércio chinês em um comunicado, instando os EUA a fazer um diálogo franco e fortalecer a cooperação.
FENTANIL – Já o Ministério das Relações Exteriores da China se pronunciou sobre o fentanil. De acordo com as autoridades chinesas, o país tomou medidas abrangentes para combater o problema. “O fentanil é um problema dos Estados Unidos”, disse a pasta.
A presidente do México, Claudia Sheinbaum, foi ao X (antigo Twitter) para dizer que instruiu seu ministério da economia a também criar tarifas retaliatórias, mas sem dar maiores detalhes.
“Rejeitamos categoricamente a calúnia feita pela Casa Branca ao Governo do México de ter alianças com organizações criminosas”, escreveu Sheinbaum.
SEM CONFRONTO – A presidente mexicana também disse que seu país não quer confronto, e sim colaboração, propondo à Trump que um grupo de trabalho com equipes de saúde pública e segurança de ambos os países. “Coordenação sim; subordinação, não.”
“Em quatro meses, nosso governo apreendeu mais de 40 toneladas de drogas, incluindo 20 milhões de doses de fentanil. Também prendeu mais de 10 mil pessoas ligadas a esses grupos”, escreveu a presidente.
Por meio de um porta-voz, a União Europeia disse que lamenta a decisão de Trump de impor tarifas a Canadá, México e China e afirmou que o bloco responderá com firmeza caso os EUA aplique tarifas sobre importações da Europa —na sexta (31), Trump disse que faria isso.
CRÍTICAS A TRUMP – Medidas tarifárias generalizadas aumentam os custos empresariais, prejudicam trabalhadores e consumidores”, disse o porta-voz. “Tarifas criam perturbações econômicas desnecessárias e impulsionam a inflação. Elas são prejudiciais para todos os lados.”
O plano inicial da zona do euro é negociar com os EUA para comprar mais produtos americanos, como gás, e reduzir o déficit comercial entre as regiões. Outra frente de negociação seria aumentar o gasto europeu com a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte).
Caso a negociação falhe, produtos americanos podem ser tarifados em mais de 50%, em retaliação.
A China já viu as consequências da Guerra comercial de 2018. Diferentemente da retaliação ideológica, de fígado, do Trudeau do Canadá, elogiada por mídias bananeiras daqui, fazendo-o, pasmem, para produtos de Estados norte-americanos republicanos, a China, que trocou o onanismo ideológico infértil, pelo pragmatismo nas relações comerciais externas, optou por recorrer à OMC, palco de possíveis negociações.
A ideologia é a miséria da filosofia … e do senso de realidade.
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O que a IA da Google diz sobre as consequência da Guerra comercial China/EUA de 2018:
A China impôs tarifas que reduziram a importação de produtos agrícolas dos EUA, fazendo com que as exportações agrícolas anuais caíssem de quase US$ 25 bilhões para menos de US$ 7 bilhões
A guerra comercial afetou a lucratividade das empresas exportadoras, fazendo com que a margem de lucro caísse em média 0,35 pontos percentuais
A cotação do renminbi, a moeda chinesa, caiu mais de 5% em relação ao dólar americano
A guerra comercial foi uma fonte de incerteza para o mercado financeiro, pesando sobre a confiança do investidor
A guerra comercial gerou incerteza econômica, que pode deslocar cadeias de produção e afetar a demanda e o preço das commodities.
O Brasil que faturou encima da Guerra, hoje prefere colocar o boné aonde não pode apanhar, num vergonhoso ato infantil de adultos descondenados.
https://www.youtube.com/watch?v=AV476c-kMdw
Muito pior que o “fuck you”, da pândega Janja..
E tome água, segundona já começou debaixo de água…
Sexta-Feira foi um caos total…
Em dois dias, já choveu em São Paulo 65% do esperado para o mês de fevereiro
6 municípios da Grande São Paulo e capital recebem alerta severo para tempestade neste domingo (2)
A China vai levar os EUA a OMC? A China cumpre as regras da OMC? Isso é uma piada?
Grandes empresas americanas estão na China pela mão de obra barata. Estão dando emprego aos chineses..
Mão de obra barata serve de estudo para comparar as teses marxistas, e o mais valia, hein?Aqui nesta terra macunaímica $talinácio já cobra imposto por produtos xing ling com a taxa das blusinhas da Janja.
Já li alhures que Trump vai trazer de volta sua empresas que operam lá para dar emprego aos americanos.
“Trazer de volta as empresas.”
Embora a direitona não aceite, na sua obsessiva adversão marxista a tudo que é diferente de seus desejos, a China, mais uma vez dá um exemplo de inteligência e qualidade diplomática recorrendo à OMC, uma organização de perfil ocidental, enquanto países ocidentais e democráticos preferem trocar bravatas como pretenso ditador mundial.
errata = com o…
https://www.youtube.com/watch?v=EKC2DFCAFew